Poliana começou a nadar muito cedo, aos 2 anos de vida. O gosto pela água a fez levar o esporte cada vez mais a sério, até o ponto em que começou a se destacar das amiguinhas nas competições. Então, já com idade suficiente para entender o que o esporte significava, dedicou-se ainda mais e os títulos começaram a vir. Ela quebrou recordes e foi adquirindo um gosto especial pelas competições mais longas na piscina (800 e 1500 metros). Daí então, foi levada pelo marido para o mundo das maratonas aquáticas, nadando os 5 e 10km em águas abertas. Prova pela qual conquistou mais títulos e vitórias, tornando-a famosa numa modalidade ainda pouco conhecida aqui na terra do futebol. Com a fama veio também a cobrança. Na mesma intensidade, uma grande decepção: Poliana, vítima de uma hipotermia severa foi forçada a abandonar no sétimo quilômetro a prova olímpica, justo quando era uma das favoritas ao título, em Londres 2012. Superada a depressão e com as energias renovadas, iniciou um novo ciclo olímpico, rumo ao Rio 2016, onde conquistou a tão sonhada medalha olímpica. Passada a euforia da conquista, era hora de reagrupar e avaliar o cenário. Foi quando ela e o treinador e marido, Ricardo Cintra, resolveram em 2017 deixar o esporte de alto rendimento para trás e iniciar uma nova fase em suas vidas. Estas e outras histórias nós ouviremos agora, aqui no Endörfina. Com vocês, a primeira nadadora brasileira a ganhar medalhas em mundiais e também em Jogos Olímpicos, a atual recordista brasileira nos 1500 metros em piscina longa e escritora nas horas vagas, a grande Poliana Okimoto Cintra.