Ela vem de uma família de esportistas. Na adolescência, minha convidada de hoje participava das corridas na escola. Dos 100 aos 400 metros ela quase sempre vencia, mas sua principal motivação era poder viajar com a equipe de atletismo e conhecer outras cidades.
Ao terminar a escola e ingressar no curso de Pedagogia, ela deixou o esporte de lado. Começou a lecionar e trabalhar como escrivã. Engravidou e quando sua filha nasceu ela havia engordado 25kg. Descontente com o sobrepeso, voltou a caminhar e logo passou a correr. Voltou a sentir então aquela satisfação que tinha na adolescência e quanto mais ela corria, mais ela tinha vontade de correr.
Em 2017 conheceu as corridas de rua e se apaixonou pela competição. Hoje ela não vive sem a corrida. As distâncias dos seus objetivos começaram a aumentar e ela encontrou nas ultra maratonas a sua aptidão. Ela é Tri Campeã dos 50km de Aquiraz, Tri Campeã dos 50 km do Delta do Parnaíba e Tri Campeã dos 100 km de Canindé. Venceu os 100 km da Cânions Ultramaratona Xtreme no interior do Alagoas, o Desafio da Capivara, o Desafio Chapada do Araripe e o Desafio entre Serras. Venceu também as 100 milhas entre Fortaleza e Canoa Quebrada e os 255 km da Ultra Trail da Amazônia.
Sendo mulher e nordestina, ela teve a coragem e ousadia para vencer obstáculos que iam muito além das distâncias e literalmente correndo, conquistou o respeito das pessoas. Ela acredita que sua função é ser feliz.
Conosco aqui direto de Canindé, interior do Ceará, a professora, estudante de educação física, atleta da seleção brasileira de ultra maratonas e mãe da Luara, a quixadaense movida a desafios, Alanna Kécya Moreira Gomes.
Inspire-se!
SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts.
Contribua também com este projeto através do Apoia.se.