Tenho o prazer de anunciar a presença, hoje, de dois atletas da elite do atletismo brasileiro. Ambos vieram de famílias humildes e descobriram a corrida já na vida adulta.
Ela, que viveu no campo, no interior de São Paulo, deve tudo o que conquistou até hoje à sua enorme vontade de vencer na vida e à corrida. Com muito suor e a ajuda de algumas pessoas importantes em sua trajetória, foi capaz de se tornar uma atleta profissional e figurar entre as melhores maratonistas brasileiras dos últimos anos.
Foi Campeã Ibero-Americana da Maratona de Buenos Aires (2017), Campeã da Maratona de São Paulo (2018), da Meia Maratona de São Paulo (2022) e terceira colocada na Maratona do Rio de Janeiro este ano. No Japão, em 2019, cravou seu melhor tempo nos 42 km, com 2h34’55”.
Ele, mineiro de São Pedro dos Ferros, mora há 21 anos em São Paulo e, um dia, sonhou em ser jogador de futebol. Escolheu trabalhar como coletor de lixo para tentar a sorte no atletismo, quando ficou sabendo que a concessionária dava oportunidade a quem tivesse talento. Foi o que aconteceu seis anos depois, e, logo na sua estreia em competições, ficou em segundo lugar nos 10 km da Corrida de Aniversário de São Paulo.
Em Guarulhos, conheceu o seu mentor, o treinador Lafaiete, que lhe ensinou os macetes e truques da profissão. Vieram os primeiros resultados no Troféu Brasil e no Sul-Americano de Cross-Country. Classificou-se para o Campeonato Mundial da modalidade em 2019 e voltou de lá inspirado e motivado para se dedicar ainda mais à corrida.
A pandemia adiou seus planos, e ele focou no trabalho, ainda como coletor de lixo, para manter o sustento de sua família. Em 2022, quando retornou ao atletismo, estava decidido a perseguir seu sonho e mudou de treinador. Fechou uma importante parceria com a ASICS, largou o emprego de coletor de lixo e venceu a Golden Run. Disputou o Sul-Americano de Meia Maratona e classificou-se para o Mundial. Ainda no mesmo ano, decidiu treinar para sua estreia em maratonas, que aconteceu em Málaga, na Espanha. Na virada do ano, foi o terceiro brasileiro na São Silvestre.
Em 2023, na Maratona de Hamburgo, cravou 2h10’43”, seu melhor tempo até hoje na distância, que o credenciou para disputar o Mundial. Venceu novamente a Golden Run e foi Campeão Sul-Americano de Meia Maratona na Bolívia.
Conosco, a corredora profissional que acredita que seus joelhos podem te levar mais longe que seus pés, atleta ASICS desde 2012 e terceiro sargento da Marinha Brasileira, a paulista Andréia Aparecida Hessel. E ele, também terceiro sargento do Exército Brasileiro, vice-campeão nos 10.000 m do Troféu Brasil em 2019, campeão Pan-Americano de Cross-Country em 2020 e melhor brasileiro na última edição da Corrida de São Silvestre, o ferrense Johnatas de Oliveira Cruz.
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