Minha convidada nasceu a 200km da capital Teresina, na pequena Pedro II, conhecida como a Suíça piauiense. Nascida com a malformação congênita do fêmur curto, sempre foi muito ativa e “danada”. Viveu uma infância e adolescência completamente normais, brincando e praticando esportes como as outras crianças.
A bicicleta como meio de transporte fez parte da sua rotina desde muito jovem, até que aprendeu a pilotar motos quando tinha 13 anos. Como pedalava com uma perna só, achou que seria melhor poupa-la e passou então a usar apenas a motocicleta.
Anos depois, durante a pandemia, decidiu voltar a pedalar para manter-se sã e saudável. Com o apoio de um amigo, foi se desenvolvendo como ciclista e enfrentando desafios cada vez mais difíceis com a sua mountain bike.
O ciclismo entrou em sua vida na hora certa, segundo ela como um presente. Muito natural e extrovertida, para ela as portas sempre se abriram com facilidade. Durante um ano ela pedalou bastante e foi mostrando sua rotina no Instagram. O sucesso das suas postagens acabou atraindo a atenção de um treinador, que a convidou para ingressar no ciclismo de estrada e se propôs a orientá-la. Pouco tempo depois, ela já vem apresentando resultados expressivos e sonha com uma participação olímpica.
Conosco aqui a criativa, ansiosa, perfeccionista, determinada, dançarina amostrada, formada em Administração de Empresas, funcionária pública e ciclista profissional, dona de três medalhas de bronze no Para-Panamericano de 2022, medalha de prata e novamente três de bronze no campeonato brasileiro de pista deste ano, a pedro-segundense Mikaeli de Araújo Lima.
Inspire-se!
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